A alimentação natural para cães vem ganhando mais adeptos a cada dia entre tutores preocupados com a saúde e bem-estar de seus pets. Oferecer um cardápio com ingredientes frescos e nutritivos, diferentemente das rações industrializadas, secas e sem graça, garante uma dieta mais equilibrada e muito mais divertida para nossos aumigos.
Dentro dessa perspectiva, existem os chamados superalimentos, ingredientes super ricos em minerais, vitaminas, nutrientes essenciais e antioxidantes que oferecem uma série de vantagens para o seu doguinho, como: fortalecimento do sistema imunológico, pelagem saudável e brilhando, prevenção de doenças e melhora da digestão.
Neste artigo, você vai conhecer 10 desses superalimentos, seus benefícios e como eles podem ser incorporados na dieta diária do seu cão. Vamos lá?
O que são superalimentos?
Superalimentos são ingredientes naturais com alta densidade nutricional, extremamente ricos em minerais, vitaminas, antioxidantes e outros compostos benéficos para a saúde. Esses superalimentos variam de espécie para espécie, por exemplo, um superalimento para humanos nem sempre será um superalimento para cães e vice-versa. Isso acontece devido as diferentes necessidades nutricionais e a metabolização de cada organismo.
Um exemplo disso é o fígado, um superalimento para cães, rico em vitamina A e com alto teor de ferro. Porém, para os humanos, o seu impacto é menor, pois já obtemos esses nutrientes de diversas outras fontes.
No caso dos cães, enquanto a carne de frango é uma ótima fonte de proteína, o salmão, além de ser fonte de proteína, ainda contém uma alta concentração de Ômega-3, combatendo inflamações nas articulações e melhorando a saúde da pele, ou seja, é um superalimento.
Diferente dos alimentos comuns que oferecem nutrientes básicos para manutenção do organismo, os superalimentos oferecem nutrientes além da necessidade diária. Apesar de tantos benefícios, o excesso pode ser prejudicial aos seus doguinhos, por isso, vamos aprender como incorporar esses superalimentos a alimentação natural para cães que você já pratica com seus amigos peludos
Benefícios dos superalimentos para os cães
Veja alguns dos benefícios de incluir superalimentos na dieta do seu cão:
- Melhora na saúde digestiva
- Redução do risco de infecções e fortalecimento do sistema imunológico
- Pele mais hidratada e pelagem mais brilhante e sedosa
- Aumento da energia e diminuição da ansiedade
Os 5 Superalimentos para cães e seus benefícios
A alimentação natural para cães pode ser ainda mais benéfica se incluirmos ingredientes com alta concentração de nutrientes e vitaminas. Veja abaixo os 10 superalimentos que você pode começar a oferecer para o seu doguinho:

- Fígado de boi ou frango
O fígado é uma verdadeira potência nutricional para cães. Possui altos níveis de vitamina A, ferro biodisponível, ácidos graxos essenciais, vitaminas do complexo B (B2, B6, B12), zinco e selênio.
Como servir: Pode ser oferecido cozido ou cru – se a procedência for segura – em pequenas quantidades, no máximo 2 vezes por semana.
Entretanto, é necessária uma ressalva: o consumo em excesso pode causar hipervitaminose A em cães e acarretar problemas sérios no seu dog. Portanto, ofereça com moderação e, se o cãozinho apresentar quaisquer sintomas diferentes, consulte um veterinário.

- Mirtilo (Blueberry)
O mirtilo combate radicais livres, melhora a cognição, rico e, antioxidantes, vitamina C e fibras e é especialmente benéfico para cães idosos.
Como servir: Pode ser oferecido cru e em pequenas quantidades diariamente, como petisco ou misturado a comida.
Mirtilo não é um alimento muito popular no Brasil e seu preço pode ser elevado em algumas regiões. Por isso, como alternativas mais acessíveis, algumas opções incluem:
- Morangos – também ricos em antioxidantes e vitamina C
- Melancia – contém licopeno e vitamina C, sendo refrescante e hidratante.

- Salmão
Ricos em proteínas e coenzima Q10, que ajudam no metabolismo energético, reduzem inflamações e promovem saúde cardiovascular, além de deixarem a pelagem brilhante.
Como servir: Sirva sempre cozido ou grelhado sem temperos, sem pele e sem espinhas.
- Cães pequenos (até 10 kg): 20-30 g (1 colher de sopa) por refeição, até 1-2 vezes por semana.
- Cães médios (10-25 kg): 40-60 g por refeição, até 2 vezes por semana.
- Cães grandes (25+ kg): 70-100 g por refeição, até 2 vezes por semana.
Evite salmão enlatado ou defumado, pois contém sódio e conservantes.

- Cenoura
A cenoura é rica em betacaroteno que no organismo é convertido em vitamina A, importante para a saúde dos olhos, pele e sistema imunológico. Ajuda na digestão, pois é rica em fibras e serve ainda como um petisco natural. Dar cenoura crua para o seu cachorro ajuda na saúde bucal dele, auxiliando na remoção da placa bacteriana.
Como servir: A cenoura pode ser oferecida crua, cozida ou até mesmo assada. Se o seu cão não gostar dela crua, ofereça cozida e vice-versa. Cenoura cozida é ideal para cães idosos ou com problemas dentários, enquanto para cães mais jovens e com dentição forte, oferecer uma cenoura crua em pedaços maiores fará com eles fiquem ocupados por alguns instantes.

- Brócolis
O brócolis melhora a digestão e o funcionamento intestinal pois é rico em fibras, fortalece o sistema imunológico sendo rico em vitamina C e K, antioxidantes e cálcio.
Como servir: Pode ser servido cozido no vapor, em pedaços, de 2 a 3 vezes na semana e não pode representar mais do que 10% da dieta diária do cão. O excesso pode causar gases e desconforto intestinal, além de irritação gástrica devido aos isotiocianatos presentes.
Qual a melhor maneira de incluir novos alimentos na dieta do seu cachorro?
Se você já se perguntou alguma vez “Devo mudar a dieta do meu cachorro para comida natural?” então, é sinal de que sim, você deve! E maneira ideal de fazer isso é consultando um veterinário especializado em nutrição canina, principalmente se o seu doguinho tiver alguma condição de saúde específica.
Feito isso, é válido lembrar que essa mudança para alimentação natural para cães deve ser feita com paciência, devagar e com cuidado. Se você seguir as nossas orientações, será uma transição leve, sem desconfortos, vômitos ou diarreia.
1 – Inclua alimentos novos gradativamente
Adicione pequenas quantidades do novo alimento na refeição que seu cachorro já está acostumado e vá aumentando gradativamente. Faça isso por 5 a 7 dias.
2 – Fique atento a sinais de intolerância ou alergia
Observe se o seu cãozinho teve coceira excessiva ou além do normal para ele, se apareceram manchas vermelhas na pele, enfim. Fique de olho para notar qualquer reação diferente que ele possa ter, e se for o caso, suspenda imediatamente o alimento e consulte um veterinário.
3 – Ofereça somente alimentos permitidos
É essencial oferecer uma alimentação variada e balanceada, mas isso não quer dizer que você pode incluir todo e qualquer alimento na dieta do seu amigo de quatro patas. Existe uma série de alimentos proibidos que são tóxicos para os cachorros e podem causar problemas sérios, inclusive levando a óbito. Portanto, não brinque com isso e sempre pesquise antes de oferecer um alimento novo para seu cão.
Conheça aqui alguns alimentos tóxicos para cachorros.
Erros comuns na alimentação natural para cães e como evitar
- Mudar a alimentação do seu cachorro de repente
Esse tipo de mudança repentina pode causar desconfortos gástricos, diarreia e vômitos.
Como evitar: Faça a mudança aos poucos, ofereça pequenas quantidades do alimento novo e va aumentando gradualmente.
- Oferecer uma dieta não balanceada
Oferecer aleatoriamente vegetais, legumes ou proteínas naturais não é garantia de uma alimentação natural saudável. É preciso haver equilíbrio entre os nutrientes.
Como evitar: Consulte um veterinário especialista em nutrição canina. Você pode distribuir os alimentos da seguinte forma: 30% de carboidratos, 30% de carnes magras, 30% de vegetais e 5% de vísceras.
- Exagerar nas porções oferecidas
Por não saber quantas vezes o cachorro deve comer por dia, muitos tutores acabam exagerando na quantidade de comida oferecida causando sobrepeso e doenças como diabetes e problemas nas articulações.
Como evitar: Ajuste a quantidade de comida conforme o tamanho, peso, idade e nível de atividade do seu cão. Para calcular a quantidade diária de comida a ser oferecida, utilize a fórmula a seguir:
- (Peso do cão) x (% recomendada para o porte) = quantidade total de alimentos por dia.
Em geral, a recomendação padrão é:
- Cães pequenos (até 10 kg): 3% a 4% do peso corporal por dia
- Cães médios (10-25 kg): 2,5% a 3% do peso corporal por dia
- Cães grandes (25-40 kg): 2% a 2,5% do peso corporal por dia
- Cães gigantes (+40 kg): 1,5% a 2% do peso corporal por dia
Conclusão
Incluir um superalimento na dieta do seu doguinho é uma maneira eficaz de garantir mais saúde e disposição para ele. É fundamental oferecer uma dieta equilibrada e balanceada, com moderação e cuidado. Fique atento a qualquer sinal de alergia ou desconforto e antes de mudar por completo a alimentação do seu cachorro, consulte um veterinário.
Até a próxima! ♥
Deixe um comentário